domingo, 30 de setembro de 2012

Entrevista com o caricaturista Manga


Cassio Manga é chargista, diretor de arte, ilustrador e poeta. Estudou arquitetura na FAU, trabalhou em algumas agências de publicidade, como Denison e Usyna. Já publicou na Folha de São Paulo, no Pasquim, tendo feito várias capas. Fez capas também para a revista Primeira Leitura e Courier (Japão). Colaborou com as revistas Five Stars (onde ilustrou Ignácio de Loyolla Brandão, Ivan Ângelo e José Nêumanne Pinto), O Paulistano, Meu Próprio Negócio, Circuito, Bella Vitória e o Fanzine PnoB.
Hoje ilustra o quadro “Pra Quem Você Tira o Chapéu”, do Programa Raul Gil.
Inúmeras exposições, entre elas algumas no Metrô e no Salão de Humor de Piracicaba.
Tem um livro de palindroemas (poemas em palíndromos) ilustrados lançado na Casa das Rosas.
Apresentou também o quadro de comédia “stand-up” - Deu pano pro Manga- em bares e teatros.
Tem duas músicas produzidas, Barata na Orelha e A Dama Amada.


BDA- Quando começou seu interesse pela caricatura?
Manga-  Desde sempre! Lembro de querer fazer um desenho, aos 5,6 anos, do meu avô e comentar que, como ele tinha nariz grande, eu ia exagerar. Fui suspenso algumas vezes na escola por fazer a carica dos professores. Na verdade eram charges, pois sempre os colocava em situações esdrúxulas e era isso que incomodava mais.

BDA- Fale das técnicas que gosta de utilizar em seu trabalho.
Manga-  Já trabalhei com guache, ecoline, aerógrafo, nanquim, mas faz muito tempo que não sujo as mãos rsrs. Hoje em dia, com caneta e mesa digitalizadora, o desenho já nasce no computador. Uso ocasionalmente o Painter (para uma apresentação mais artística) e o Illustrator (para caricas mais sintéticas), mas normalmente uso o Photoshop.

BDA- Quando conheceu os Beatles, como foi isso pra você?
Manga-  Também desde que me conheço por gente (o iê-iê-iê no Brasil veio deles). Depois, no começo dos anos 80, quando estava na faculdade, houve uma segunda onda de "beatlemania" e suas músicas eram um "must" em rodas de violão, tão em voga nas bichogrilentas festas. Fiquei conhecendo o repertório todo dos Beatles, quase de cor.
BDA- Neste ano os Beatles completam 50 anos. Como resume sua importância artística e social?
Manga- De longe a banda mais importante do Rock & Roll, a mais influente, revolucionária. A que mais representou a juventude, seus anseios, sonhos em uma das épocas mais produtivas culturalmente. Influência que vem até os dias e hoje e existirá para sempre. Literalmente, Beatles forever.


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Os Beatles no traço de Xavi

O blog apresenta o cartunista e caricaturista Xavi, natural de Avaré, vive na capital do estado de São Paulo trabalhando com caricaturas e publicando ilustrações e cartuns em vários veículos da imprensa. Premiado em vários salões de humor com suas caricaturas colabora com um trabalho de primeira linha para nosso blog.



BDA- Quando começou seu interesse pela caricatura?

Xavi- A caricatura despontou muito cedo na minha vida. Desenhava bastante quando pequeno e tudo começou no colégio ainda. Estava no segundo colegial com 15 anos, na época ainda era colegial mesmo, e brincava muito de desenhar colegas e professores zoando com a cara deles.
Eu não achava que desenhava bem, mas todo mundo se divertia um bocado.
Na hora do intervalo eu não descia pro recreio, ficava mandando bala com o giz na lousa. Quando chegava todo mundo era aquela farra, a lousa cheia de desenhos e caricaturas. Até os 26 anos era apenas diversão.
 Quando fui trabalhar na revista Istoé pude usar algumas vezes a caricatura em ilustrações pra revista.

Depois começaram a solicitações para caricaturas ao vivo em eventos, mas foi depois dos 40 anos, em Avaré, é que me interessei de verdade.

BDA- Quais técnicas utiliza em suas caricaturas e qual foi aplicada nesta sua colaboração ao blog?

Xavi- Assim fui buscando aprimorar, utilizando ecoline, guache, e nanquim. Logo descobri o lápis dermatográfico, utilizado nas caricaturas dos rapazes de Liverpool. Depois ganhei de presente uma caixa do lápis aquarela Caran D’Ache de um amigo italiano (o Derbesi).
Não parei mais e a cada caricatura tenho descoberto melhores jeitos de usar esse material e de observar bastante os grandes mestres, especificamente nosso amigo Fernandes.
Tenho aprimorado a técnica de deformação pra chegar numa caricatura interessante.

BDA- Qual sua primeira lembrança sobre a obra dos Beatles?

Xavi- Era muito pequeno ainda quando ouvia nos rádios as belas músicas dos Beatles. Uma música me marcou muito (Michelle), mas fui curtir mesmo bastante tempo depois.
Porém pra mim Beatles significam uma reviravolta pacífica nos valores e sentimentos. E de outro lado os Rolling Stones uma reviravolta de guerra nesses valores e sentimentos, mas isso é outra história. Quando os Beatles tomaram forma na minha vida, John Lennon já estava morto, uma pena.

sábado, 22 de setembro de 2012

Beatles cartum direto do Japão

O cartunista Marcos Oiwa, mais conhecido no Brasil como Mikio,
envia sua participação para o blog  direto de Nagoya, onde reside
 atualmente. Cartunista de mão cheia, publicou em vários jornais
e revistas e se destacou como roteirista dos estúdios
Maurício de Souza nos anos 80.

sábado, 8 de setembro de 2012

Caricaturas dos Beatles por Morettini






































Sérgio Morettini é um mestre brasileiro das HQs, premiado com o “Ângelo Agostini”, ganhador  do troféu HQMIX  de melhor revista infantil brasileira, com seu personagem Mico Legal, premiado na Romênia com caricaturas, animador 2d, roterista, cartunista, ilustrador, professor etc. Dentre alguns destaques, a animação de Aladim e Goofy Troop da Disney para a TV, a parte animada para o filme “A princesa Xuxa e o Cavaleiro” e quadrinhos de Chaves, Chapolim, Zé Carioca, Senninha e Os Trapalhões, ufa, com vocês, Morettini! 


BDA- Como iniciou o seu interesse pela caricatura na sua carreira tão diversificada dentro da arte do desenho?

Morettini - Bom, comecei na escola secundária, para tirar sarro dos colegas e professores. Mais tarde, desenhava charges com caricaturas de colegas que tinham aprontado alguma e colocava furtivamente nas mesas de desenho animado dos estudios em que trabalhava, só para ver a reação dos amigos sacaneados.
As caricaturas foram se tornando parte do meu trabalho quando as revistas  solicitavam esse tipo de serviço. O amigo da onça, na revista Bolas, sempre aparecia  junto a alguma figura da atualidade que era caricaturada por mim  com grande carinho.
Aí a história continua em eventos, aniversários, bar mitzvah, salões de humor, churrascarias...

BDA- Quais técnicas você utiliza para elaborar as caricaturas?


Morettini- As técnicas são várias. Eu faço a mão o desenho, a arte final e a cor, mancho com lápis coloridos ou aquarela, as vezes desenho e finalizo para logo escanear e pintar no photoshop.
algumas destas caricaturas em particular tem sido usadas em camisetas só no traço, na galeria do rock,  para serem vendidas ao público em geral, coloco em blogs e facebook também.


BDA- Você ainda lembra da primeira vez que ouviu Beatles? Como foi isso?
  
Morettini- primeira vez que ouví falar foi na época em que eles estavam estourando. Eu era criança bem pequena e escutava meus pais falarem sobre o cabelo e as roupas dos caras. Os mais velhos criticavam, tinha até aquele preconceito pelo comprimento das jubas, questionando a masculinidade dos moçoilos.
Na TV em preto e branco viamos  o desenho animado e dançavamos  ao som dos seus hits, a empatia foi instantânea e continua até hoje.

BDA- O que mais te chama a atenção nos Fab Four?

Morettini- O que falar dos Beatles que não seja redundante?
A música é inquestionável, vanguardismo, pionerismo, criatividade, procura espiritual, posicionamento político, acho que o que mais me agrada do conjunto é a  sua interatividade, a soma das potencialidades não conflitivas, pelo menos no inicio, a cumplicidade, o entrosamento, a irrevênrencia, o confronto com o formalismo imperante, eles quebraram paradigmas.
O sonho acabou, mas a soneca continua por décadas!




Paul McCartney e a atual esposa Nancy.










































John Lennon.



































John e Yoko em cartum publicado no livro, premiado
com o HQMIX de melhor livro de cartuns de 2002,
"Humor pela paz e a falta que ela faz".













quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A história dos Beatles pela imagem da banda

Recebí via facebook de dois amigos diferentes, Junior Lopes(entrevistado do post anterior) e Marcos Massolini (jornalista e outro Beatlemaniaco de plantão), a arte abaixo elaborada pelo artista Max Dalton.
Max tem um trabalho interessante de criar pôsters temáticos. Este, tem o mérito de contar a história e evolução da banda, desde os tempos da entrada de Ringo Starr, até o famoso concerto do telhado. No denominado rofftop concert, contaram com a participação do tecladista americano Billy Preston. Este foi o único músico a tocar ao vivo com os Beatles como um quinteto. Ocorreu outro caso de um músico tocar ao vivo com os Beatles, mas desta vez, em substituição a um de seus membros que estava doente. Em 64, os Beatles estavam em excursão mundial e Ringo adoeceu. Para encerrar esta turnê, o empresário Brian Epstein convocou o baterista Jimmie Nicol, que Ringo encontraria na Austrália.
Como sugestão ao competente artista Max Dalton, fica a idéia de incluir em um futuro pôster, a imagem de Billy Preston e no início do mesmo, a fase da banda como um quinteto.
Na fase inicial eles contavam com o baterista Pete Best e o baixista Stuart Sutcliff.
Seguem se as fotos sobre cada uma das citações.
























A arte de Max Dalton


















O famoso concerto do telhado, onde Billy Preston toca teclados
ao vivo com os Beatles.
Na foto ele está atrás de Paul McCartney.




























Na foto acima, Paul, John, Jimmie e George.



















Nesta foto, Jimmie, Ringo, George, Paul e John.


















Nesta foto, os Beatles, John, George, Pete, Paul e Stuart em
Hamburgo em sua fase como um quinteto.























Nesta foto, Pete, George, John, Paul e Stuart em Hamburgo.